NÃO É SÓ A COVID-19

Não é só. Em linguagem de rede, estive “curtindo” pré-campanha e campanha; “curto”, agora, a transição. Forçadamente à distância devido a essa coisa que se estende desde março, mutilando relações e ceifando vidas. Muitas vidas!

Como em toda parte, há por onde olho, gente vocacionada. Para o agir solidário, para a fraternidade, para a cooperação. Há vocações também para a POLÍTICA (para Aristóteles, o objeto da Política é a felicidade!); há também os que só pensam na “política” – aquela coisa menor, distante do bem comum e ideal de felicidade pensado pelo filósofo. Onde estamos mesmo?

Em complemento à fartura e qualidade de atrativos ambientais, históricos e culturais, em Cairu são reclamados, diria até exigidos e indispensáveis atrativos em forma de infraestrutura física, de qualificação de pessoas, de desenvolvimento institucional. Atrativos que no seu conjunto criarão o ambiente favorável ao capital, devendo, por isso, provocar decisões de investimentos públicos e privados. Primeiro, na cadeia de produção do turismo, depois, em setores da economia criativa e, até na utilização de produtos da dinâmica econômica extrativista mais tradicional. Por força de efeito multiplicador e, induzidos mesmo pelo turismo.

Essa será uma força notável para Cairu e Baixo Sul. Outra força é a esperança da população. O povo das ilhas está otimista e espera muito dos seus novos (mas velhos) líderes. Contudo, precisa entender bem os desafios que estão à frente: a exaustão das fontes de gás natural combinada com os efeitos econômicos de epidemias. Não temos só a COVID-19. Vencer a pobreza é desafio imenso. Ajuda muito contar com líderes experientes que têm dedicado a vida ao fazer político assumindo-o como profissão. Para além da vocação, têm a inteligência política e dominam um conjunto de habilidades e competências que são fatores de sucesso quando se trata de gestão. Pública ou privada!

Isaías Ribeiro

Das Ruas de Cairu, 28/12/2020