Por uma moral em sociedade
- Antônio Isaías Ribeiro
- 22 de nov. de 2019
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Baltasar Gracián é reconhecido como um dos mais poderosos escritores do barroco espanhol; viveu entre 1601 e 1658. Jesuíta e filósofo, a sua obra procura educar o homem no sentido de sua plenitude moral, religiosa, social e política. Embora formado no seio da Companhia de Jesus, não são os aspectos religiosos da existência do homem o que mais o preocupa, e sim a moral do homem em sociedade. E a filosofia era, para ele, mais que um meio de alcançar a felicidade, um instrumento para se chegar à fortaleza moral.
– Conquistar e manter uma fortaleza moral não é tudo o que tem faltado nestes tempos de Brasil?
Dentre os mais de seus trezentos aforismos, Gracián nos brinda com preciosidades assim:
"Não se pode viver sem entendimento, próprio ou emprestado. Muitas pessoas não têm consciência do que não sabem, e outras pensam que sabem sem saber. Os erros da estupidez são irremediáveis, pois, como os ignorantes não se consideram assim, não procuram aquilo que lhes falta. Alguns seriam sábios se não acreditassem sê-lo. Por isso, os poucos oráculos de prudência vivem ociosos porque ninguém os consulta. Pedir conselho não diminui a grandeza nem a capacidade de ninguém. Ao contrário, fortalece a reputação. É bom ouvir a razão para evitar o ataque da má sorte".
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